Robôs humanóides contra humanos: Semperoper desencadeia uma batalha dramática!
A Semperoper Dresden exibe a ópera juvenil "humanóide", que brinca com IA e interação homem-máquina. Apresentações esgotadas.

Robôs humanóides contra humanos: Semperoper desencadeia uma batalha dramática!
A ópera juvenil “humanóide” está sendo apresentada atualmente na Ópera Semper, trazendo uma lufada de ar fresco à cultura de Dresden. A ópera se passa no ano de 2037 e destaca a relação emocionante, mas também preocupante, entre humanos e máquinas. O foco está no jovem programador Jonah, que, após a trágica perda da namorada, vive com um robô humanóide chamado Alma que ele mesmo criou. Para evitar a dor, ele apaga a memória de Alma todos os dias, mas o andróide ganha vida própria e testa seu controle. Uma corrida dramática pela vida ou pela morte ocorre enquanto os protagonistas enfrentam questões de humanidade e ética. Como relata o MDR, a produção de Leonard Evers e do diretor Lars Marcel Braun não é apenas uma experiência musical, mas também um exame crítico do papel da inteligência artificial em nossas vidas.
Os tópicos de que “humanóide” trata são altamente atuais. A interação entre humanos e IA está a mudar rapidamente, e a questão de quantos humanos são necessários para criar uma máquina é central. O videoartista Janic Bebi enfatiza que tais trabalhos pretendem levantar novas questões e fornecer o que pensar, sem oferecer respostas claras. Esse é exatamente o cerne da produção: aborda a tensão entre controle e incontrolabilidade.
Realidade percebida e tecnologia
A ópera também levanta questões éticas, que são abordadas na recente declaração do Conselho de Ética Alemão. A influência das tecnologias digitais e da inteligência artificial na nossa autoimagem é inconfundível. O Conselho de Ética esclarece como a penetração digital do mundo vivo expande a autoria humana, mas também pode colocá-la em perigo. Particularmente tendo em conta o isolamento e a dependência das tecnologias, o exame crítico destes temas torna-se cada vez mais importante.
Esta ópera destaca a abordagem human-in-the-loop (HITL), na qual os humanos estão ativamente envolvidos no processo de tomada de decisão dos sistemas de IA. Tais interações são cruciais em diversas áreas da vida, seja na indústria, na medicina ou na vida cotidiana. A abordagem HITL garante que as pessoas não se tornem meros espectadores, mas antes assumam a responsabilidade associada como co-criadores activos. A própria IA continua a ser uma ferramenta que deve ser utilizada com cuidado para minimizar riscos e má conduta.
Performances esgotadas e vislumbres do futuro
As apresentações de “humanóide” já estão esgotadas, o que mostra que o tema é de grande interesse. A combinação de elementos de ficção científica e suspense tem seu charme e garante espectadores cativados. Braun e Bebi enfatizam que é crucial controlar a IA e não se sentir controlado. Isto cria uma ligação profunda entre arte e tecnologia, o que é certamente importante numa altura em que humanos e máquinas estão cada vez mais próximos.
A ópera “humanóide” convida você a pensar sobre o nosso futuro e a refletir sobre a responsabilidade que temos ao lidar com a tecnologia. A imaginação aqui desenvolvida poderia proporcionar um vislumbre de um mundo que nos poderá esperar num futuro não muito distante.